Meu filho tem fimose! E agora? Calma! 96% dos recém-nascidos do sexo masculino apresentam algum grau de aderência do prepúcio à glande e isso é fisiológico (o que chamam de “normal” – mas não gostamos desse termo por aqui).

Em decorrer do tempo, com a descamação e a queratinização da glande, as aderências vão rompendo e lá pelos três anos de idade, apenas 10% das crianças apresentarão algum grau de fimose.
⚠️⚠️⚠️ A MASSAGEM NÃO É MAIS INDICADA EM NENHUM CASO! ⚠️⚠️⚠️
Essas manobras podem causar trauma local e levar à fibrose do prepúcio, piorando a situação. Sem falar no trauma psicológico pelo desconforto e a dor causados por esse tipo de procedimento.
A Postectomia (cirurgia de correção) é realizada em alguns países como rotina, por razões profiláticas, culturais ou religiosas. Mas cientificamente, só deve ser realizada em caso de FIMOSE PATOLÓGICA (afinal, toda cirurgia implica em riscos).
É indicada em menores de três anos, quando o menor apresenta balanopostites de repetição, malformações do trato urinário que predisponham a infecções e/ou a ocorrência de parafimose.

Parafimose é quando o prepúcio retraído estreito constringe o corpo do pênis/glande causando edema (ele não volta à posição normal e estrangula a glande podendo causar até necrose) É uma situação de EMERGÊNCIA, geralmente a causa é por aquelas massagens que já são contraindicadas.
A Postectomia é uma cirurgia de pequeno porte, feita com anestesia loco regional e sedação, com baixa taxa de complicação, entre eles: hematomas, deiscência de sutura e infecções. Todas contornáveis.
Ainda reduz em 50% o risco de infecção por HIV quando comparados a homens não-circuncidados.
Em casos leves de fimose, serão utilizados medicamentos tópicos que apresentam taxas de sucesso entre 67 a 95%.
Seu menino nasceu com fimose? Como foi resolvida?
Fonte: Guia de Uropediatria: Manual para pediatras.