Infectologia

INFECÇÃO PELO ZIKA VÍRUS. UMA BREVE REVISÃO.

                                                           Heloisa Helena de Sousa Marques
                                                           Membro do Departamento de Infectologia- SBP
Doutora em Pediatria pela FMUSP-SP

0zika

Etiologia

O Zika virus (ZIKV) é um RNA vírus, do gênero Flavivírus, família Flaviviridae. Foi identificado em 1947, na floresta Zika, em Uganda e recebeu a denominação do local de origem, após a sua detecção em macacos sentinelas (Rhesus 766 e Rhesus 771) para monitoramento da febre amarela (1,2). A infecção foi diagnosticada, através de estudos sorológicos, em humanos em 1952 em Uganda e Nigéria. No entanto, o primeiro isolamento do ZIKV em humanos foi realizado no soro de uma menina nigeriana de 10 anos de idade que apresentava a doença no 5º dia, com febre e cefaléia, durante a investigação de um surto com suspeição de febre amarela (3).

Ao longo dos anos, foram detectados casos isolados em países de África, no final da década de 70 na Indonésia. A partir 2007 foram descritas epidemias na Micronésia e outras ilhas do Oceano Pacífico e, mais recentemente, no Brasil, e agora em vários países da América Latina, América Central e Caribe.

Até o momento, são conhecidas e descritas duas linhagens do vírus ZIKV, uma africana e outra asiática (4,5). Esta última é a linhagem identificada no Brasil e estudos publicados em 25 de novembro de 2015 indicam adaptação genética da linhagem asiática (6).

 

Modo de transmissão

O ZIKV é transmitido através da picada de mosquitos do genero Aedes, tendo sido isolado em 1948 a partir de um macerado de mosquitos da espécie A. africanus colhidos na floresta de Zika (7). Adicionalmente, este vírus veio a ser repetidamente isolado de mosquitos quer na África, como na Ásia, permitindo sugerir que espécies como A. africanus, A. aegypti e A. hensilliparticipem na sua manutenção em ambiente silvático (8-11). A competência vetorial para transmissão do ZIKV pelo A. aegypti e pelo A. albopictus impõe grande preocupação para a saúde pública. Estes artrópodes encontram-se amplamente distribuídos em zonas tropicais, subtropicais (A. aegypti) e temperadas (A. albopictus), abrangendo um enorme contingente de indivíduos suscetíveis (12-14).

Menos frequentemente, a transmissão do ZIKV já foi descrita por via sexual, perinatal (intraparto de uma mãe para a criança em período de viremia), por hemotransfusão e transmissão ocupacional (15-18). Não há relato de transmissão através do aleitamento materno apesar do RNA do ZIKV ter sido encontrado no leite humano (15).

A partir de outubro de 2015 foi relatado o aumento de crianças nascidas no Brasil com microcefalia. Devido à ocorrência temporal e geográfica de infecção pelo Zika vírus em gestantes em período anterior ao relato do aumento de microcefalia, uma possível associação com infecção pré-natal foi postulada. As evidências laboratoriais a partir de um número limitado de casos com microcefalia tem indicado para essa potencial associação (19-22).

Manifestações Clínicas                   

Doença aguda

O período de incubação varia aproximadamente entre três a 12 dias depois da picada do mosquito infectado (23). A maioria das infecções permanece assintomática (entre 60% e 80%) (24). As manifestações clínicas observadas, até o momento são: exantema, prurido e febre baixa ou ausência de febre, acompanhado ou não de mialgias, artralgia, edemas articulares e cefaleia. Os sinais e sintomas ocasionados pelo vírus Zika, em comparação aos de outras doenças exantemáticas (DENV, CHIKV e sarampo), incluem um quadro exantemático mais acentuado e hiperemia conjuntival, sem alteração significativa na contagem de leucócitos e plaquetas (25). Em geral, o desaparecimento dos sintomas ocorre entre 3 e 7 dias após seu início. No entanto, em alguns pacientes, a artralgia pode persistir por cerca de um mês (26). Na tabela 1, é apresentada uma síntese comparativa de sinais e sintomas das três doenças.

Tabela 1. Comparação de sinais e sintomas para Dengue, Chikungunya e Zika.

Sinais/Sintomas Dengue Chikungunya Zika
Febre ++++ +++ 0/++
Tempo de febre 4-7 dias 2-3 dias 1-2 dias
Mialgia/artralgia +++ ++++ ++
Edema de extremidades 0 0 ++
Exantema maculopapular ++ ++ +++
Frequência do exantema 30%-50% 50% 90%-100%
Prurido + + ++/+++
Dor retroorbitária ++ + ++
Conjuntivite 0 + +++
Linfadenopatia ++ ++ +
Hepatomegalia 0 +++ 0
Leucopenia/trombopenia +++ +++ 0
Hemorragia + 0 0

Adaptado de (25,27)

Descrição dos quadros de microcefalia possivelmente associados à infecção intrauterina pelo Zika virus

Em 22 de janeiro o grupo Zika Embryopathy Task Force (SBGM–ZETF), da Sociedade Brasileira de Genética Médica publicou o relato de 35 casos de crianças portadoras de microcefalia e outras alterações neurológicas possivelmente relacionadas à infecção pelo ZIKV. Foram revistos os dados referentes á gestação (história de exposição, sintomas e testes de laboratório), exame físico das crianças e outras informações segundo um protocolo padronizado. A microcefalia foi definida como perímetro cefálico igual ou inferior a dois desvios-padrão para a idade gestacional e sexo da criança ao nascimento. Os autores referem ainda a dificuldade de confirmar o diagnóstico de infecção pelo ZIKV retrospectivamente. Dentre as mães, houve referência de presença de exantema em 26 (74%), sendo que em 21, durante o primeiro trimestre e em cinco, no segundo trimestre da gravidez. Todas as mães, mesmo aquelas que não tiveram exantema na gravidez referiram que ou residiam ou viajaram para áreas onde havia circulação do ZIKV.

Foram analisados os dados de35 crianças, 25 (74%) crianças tinham microcefalia grave (Perímetro Cefálico (PC) menor que três desvios-padrão). Os achados de tomografia de crânio ou de ultrassom craniano transfontanela mostraram um padrão consistente de calcificações cranianas disseminadas, particularmente nas áreas periventriculares, parenquimatosas e talâmicas e nos gânglios da base e, estavam associadas em cerca de 1/3 dos casos com anormalidades de migração celular (lissencefalia, paquigiria). O aumento dos ventrículos secundário à atrofia cortico/subcortical também foi frequentemente relatado. Em 11 (33%) crianças foi observado excesso de couro cabeludo, indicando uma parada no crescimento cerebral mas não do crescimento do couro cabeludo. Quatro (11%) das crianças tinham artrogripose, indicativo de envolvimento do sistema nervosos periférico. Todas as 35 crianças dessa coorte tinham testes negativos para sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovirus e vírus herpes simplex. Todas as amostras de líquido cefalorraquidiao foram encaminhadas para laboratórios de referência para realização de testes para identificar ZIKV mas até o momento da publicação os resultados não estavam disponíveis (28).

Há outras publicações com relatos de casos. Também tem sido identificadas manifestações oftalmológicas publicadas por pesquisadores brasileiros (29).

Outras informações poderão ser encontradas no Protocolo de atenção à saúde e resposta à ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pelo vírus Zika, do Ministério da Sáude do Brasil no seguinte endereço eletrônico (30). http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2016/fevereiro/03/Protocolo-SAS-vers–o-2.0.pdf

Síndrome de Guillain-Barré (SGB)

Recentemente, foi observada uma possível correlação entre a infecção ZIKAV e o aumento de ocorrência de síndrome de Guillain-Barré (SGB) em locais com circulação simultânea do vírus da dengue (31,32). O mesmo tem sido observado no Brasil.

Diagnóstico

O diagnóstico da infecção ou doença aguda é baseado na detecção do RNA viral em espécimes clínicos de pessoas agudamente doentes ou infectadas. O período virêmico parece ser curto, permitindo a detecção do vírus durante os primeiros 3 a 5 dias depois do início dos sintomas. O vírus tem sido detectado na saliva com maior frequência do que no sangue dentro da primeira semana de doença (33) e também tem sido detectado na urina por mais de 10 dias (34). A partir do 5º dia de evolução é possível o diagnóstico sorológico (ELISA ou imunofluorescência) através de pesquisa de anticorpos IgM e IgG anti-Zika. Tem sido relatado reações cruzadas com outros flavivírus como o vírus da dengue e da febre amarela, o que pode dificultar o diagnóstico, e nas fases iniciais os títulos têm sido muito baixos (35) . Recomenda-se a confirmação por técnica de neutralização, soroconversão ou o aumento de quatro vezes os títulos, em amostras pareadas da fase aguda e de convalescência. Os resultados deverão ser interpretados segundo a avaliação do estado vacinal contra a febre amarela e de exposição prévia a outras infecções por flavivírus, particularmente pelos vírus da dengue. (36,37).

No Brasil, recentemente, a ANVISA (fonte: http://www.anvisa.gov.br) aprovou o registro de cinco diferentes produtos para detecção de infecção pelos três vírus, Zika, Dengue e Chikungunya, tanto os testes moleculares como os sorológicos. Para maiores detalhes, ler a nota da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica (37).

Toda a rotina para o diagnóstico de crianças nascidas com microcefalia ou outras alterações possivelmente relacionadas com a infecção intrauterina está detalhadamente descrita nos documentos oficiais, cuja última versão foi publicada em fevereiro de 2016 (30).

Bibliografia

  1. DickGW,Kitchen SF, Haddow AJ. Zika virus. I. Isolations and serological specificity. Trans R Soc Trop Med Hyg. 1952;46:509–20
  2. Waggoner JJ, Pinsky BA. Zika Virus: Diagnostics for an Emerging Pandemic Threat. Clin Microbiol 2016 Feb 17. pii: JCM.00279-16. [Epub ahead of print]
  3. Macnamara FN. 1954. Zika virus: a report on three cases of human infection during an 355 epidemic of jaundice in Nigeria. Trans R Soc Trop Med Hyg 48:139-145.
  4. Balm MND, Lee CK, Lee HK, Chiu L, Koay ESC, Tang JW. A diagnostic polymerase chain reaction assay for Zika virus. J Med Virol 2012; 84(9):1501–5.
  1. ECDC. Rapid Risk Assessment – Zika virus infection outbreak, French Polynesia – 14 february 2014. Stockholm; 2014. Available from: http://ecdc.europa.eu/en/publications/Publications/Zika-virus-French-Polynesia-rapid-risk-assessment.pdf
  2. Freire CC de M, Iamarino A, Neto DF de L, Sall AA, Zanotto PM de A. Spread of the pandemic Zika virus lineage is associated with NS1 codon usage adaptation in humans [Internet]. bioRxiv. Cold Spring Harbor Labs Journals; 2015 Nov. http://biorxiv.org/content/early/2015/11/25/032839.abstract
  3. Dick GW. Epidemiological notes on some viruses isolated in Uganda; Yellow fever, Rift Valley fever, Bwamba fever, West Nile, Mengo, Semliki forest, Bunyamwera, Ntaya, Uganda S and Zika viruses. Trans R Soc Trop Med Hyg. 1953;47:13-48.
  4. Marchette NJ, Garcia R, Rudnick A. Isolation of Zika virus from Aedes aegypti mosquitoes in Malaysia. Am J Trop Med Hyg. 1969;18:411-5.
  5. Weinbren MP, Williams MC. Zika virus: further isolations in the Zika area, and some studies on the strains isolated. Trans R Soc Trop Med Hyg. 1958;52:263-8.
  6. Haddow AJ, Williams MC, Woodall JP, Simpson DI, Goma LK. Twelve isolations of zika virus from aedes (stegomyia) africanus (theobald) taken in and above a Uganda forest. Bull World Health Organ. 1964;31:57-69.
  7. Ledermann JP, Guillaumot L, Yug L, Tided M, Machieng P, Pretrick M, et al. Aedes hensilli as a potential vector of Chikungunya and Zika viruses. PLoS Negl Trop Dis. 2014;8:e3188.
  8. Boorman JP, Porterfield JS. A simple technique for infection of mosquitoes with viruses; transmission of Zika virus. Trans R Soc Trop Med Hyg. 1956;50:238-42.
  9. Grard G, Caron M, Mombo IM, Nkoghe D, Mboui Ondo S, Jiolle D, et al. Zika virus in Gabon (Central Africa)–2007: a new threat from Aedes albopictus? PLoS Negl Trop Dis. 2014;8:e2681.
  10. Pinto Jr VL, Luz K, Parreira R, Ferrinho P. Zika Virus: A Review to Clinicians.

Acta Med Port 2015 Nov-Dec;28(6):760-765 .

  1. Besnard M, Lastere S, Teissier A, Cao-Lormeau V, Musso D. Evidence of perinatal transmission of Zika virus, French Polynesia, December 2013 and February 2014. Euro Surveill 2014;19:20751. http://dx.doi. org/10.2807/1560-7917.ES2014.19.13.20751
  2. Musso D, Roche C, Robin E, Nhan T, Teissier A, Cao-Lormeau VM. Potential sexual transmission of Zika virus. Emerg Infect Dis. 2015;21:359-61.
  3. Musso D, Nhan T, Robin E, Roche C, Bierlaire D, Zisou K, et al. Potential for Zika virus transmission through blood transfusion demonstrated during an outbreak in French Polynesia, November 2013 to February 2014. Euro Surveill. 2014;19.
  4. The Subcommittee on Arbovirus Laboratory Safety of the American Committee on Arthropod-Borne Viruses. Laboratory safety for arboviruses and certain other viruses of vertebrates. Am J Trop Med Hyg 1980;29:1359–81.
  5. Schuler-Faccini L, Ribeiro EM, Feitosa IM, et al.; Brazilian Medical Genetics Society–Zika Embryopathy Task Force. Possible association between Zika virus infection and microcephaly—Brazil, 2015. MMWR Morb Mortal Wkly Rep 2016;65:59–62. http://dx.doi.org/10.15585/ mmwr.mm6503e2
  6. Martines RB, Bhatnagar J, Keating MK, et al. Notes from the field: Evidence of Zika virus infection in braiúde, 2015.
  7. ECDC. Rapid Risk Assessment – Zika virus infection outbreak, French Polynesia – 14 february 2014. Stockholm; 2014. Available from: http://ecdc.europa.eu/en/publications/Publications/Zika-virus-French-Polynesia-rapid-risk-assessment.pdf
  8. Ioos S, Mallet HP, Goffart IL, Gauthier V, Cardoso T, Herida M. Current Zika virus epidemiology and recent epidemics. Médecine et maladies infectieuses 2014; 44:302–307.
  9. Schuler-Faccini L, Ribeiro EM, Feitosa IML, Horovitz DDG, Cavalcanti DP, Pessoa A et al. Possible Association Between Zika Virus Infection and Microcephaly — Brazil, 2015. MMWR January 29, 2016 65(3): 59-63.
  10. Freitas BP, Dias JRO, Prazeres J, Sacramento GA, Ko AI, Maia M, Belfort Jr R, MD, PhD. Ocular Findings in Infants With Microcephaly associated With Presumed Zika Virus Congenital Infection in Salvador, Brazil. JAMA Ophthalmol. doi:10.1001/jamaophthalmol.2016.0267. Published online February 9, 2016.
    • n and placental tissues from two congenitally infected newborns and two fetal losses—Brazil. MMWR Morb Mortal Wkly Rep 2016;65:159–60. http://dx.doi.org/10.15585/ mmwr.mm6506e1
    • Mlakar J, Korva M, Tul N, et al. Zika virus associated with microcephaly. N Engl J Med 2016; Epub ahead of print. http://dx.doi.org/10.1056/ NEJMoa1600651.
    • Fleming-Dutra KE, Nelson JM, Fischer M, Staples JE, Karwowski MP, Mead P et al. Update: Interim Guidelines for Health Care Providers Caring for Infants and Children with Possible Zika Virus Infection — United States, February 2016. Early release. MMWR 65: 1-6. http://www.cdc.gov/mmwr/volumes/65/wr/mm6507e1er.
    • Rudolph KE, Lessler J, Moloney RM, Kmush B, Cummings DA. Incubation periods of mosquito-borne viral infections: a systematic review. Am J Trop Med Hyg 2014;90:882–91. http://dx.doi.org/10.4269/ajtmh.13-0403
    • Nhan T-X, Cao-Lormeau V-M, Musso D. Les infections à virus Zika. Rev Francoph des Lab 2014; 467:45–52.
    • Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Protocolo de vigilância e resposta à ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pelo vírus Zika / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Protocolo de vigilância e resposta à ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pelo vírus Zika / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2016.

31.Musso D, Nilles EJ, Cao-Lormeau VM. Rapid spread of emerging Zika virus in the Pacific area. Clin Microbiol Infect. 2014;20:O595-6.

32.Oehler E, Watrin L, Larre P, Leparc-Goffart I, Lastere S, Valour F, et al. Zika virus infection complicated by Guillain-Barre syndrome–case report, French Polynesia, December 2013. Euro Surveill. 2014;19.

  1. Musso D, Roche C, Nhan TX, Robin E, Teissier A, Lormeau VMC. Detection of Zika vírus in saliva. J Clin Virol 2015; 68:53-55.
  2. Gourinat AC, O’Connor O, CALVEZ e, goarant C, Dupont-Rouzeyrol M.Detection of Zika vírus in urine. Emerg Infect Dis 2015 21; 84-86.
  3. Hayes EB. Zika virus outside Africa. Emerg Infect Dis, 15 (9) (2009), pp. 1347–1350.
  4. European Centers for Disease Control. ECDChttp://ecdc.europa.eu/en/healthtopics/zika_virus_infection [acesso em 28 de dezembro de 2015]
  5. Lanciotti RS1, Kosoy OL, Laven JJ, Velez JO, Lambert AJ, Johnson AJ, Stanfield SM, Duffy MR. Genetic and serologic properties of Zika virus associated with an epidemic, Yap State, Micronesia, 2007. Emerg Infect Dis. 2008 Aug;14(8):1232-9.

37.Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial. Posicionamento oficial da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial referente ao diagnóstico laboratorial do Zika vírus.

http://www.sbpc.org.br/upload/conteudo/sbpcml_posicionamento_zika_virus.pdf

Deixe um comentário